O vestido era branco como a neve. Não creme, nem casca de ovo, mas sim branco. Ela fizera questão disso. O véu longo escondia o rosto bem maquiado e o cabelo firmemente moldado para parecer naturalmente ondulado. As flores de seu buquê caiam em cascata até quase seus pés. O peso era imenso, mas o que importava era o efeito que fariam juntamente com sua calda de mais de cinco metros. O carro longo e reluzente parou à porta da igreja onde um longo tapete vermelho coberto por pétalas brancas esperava a noiva. Exatamente como ela planejara. Suas madrinhas, vestidas todas de um rosa pálido faziam fila de braços dados à padrinhos em impecáveis smokings negros. As portas duplas e colossais se abriram para um poema em seda branca e flores vermelhas. Cada fileira revelava convidados em suas melhores roupas, jóias e sorrisos. Como ela sabia que seria. Atravessou a longa nave em passos lentos e estudados, olhando para cada lado e oferecendo um sorriso perfeito que brilhava tanto quanto as perolas que circulavam o pescoço delicado. E enfim lá estava o altar. O padre ricamente paramentado para a ocasião olhava solene para ela e à frente dele estava aquele que lhe havia propiciado o momento tão sonhado. Como era mesmo o nome dele?
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13 de jul. de 2009
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3 comentários:
que final! Beleza.
Esta semana estava conversando com uma amiga que me dizia: hoje em dia no casamento o que menos importa é com quem vai se casar. Você disse o mesmo.
O blog ta lindo!
Andrea.
Deixei um pequeno gesto de gratidão para você e seus contos em meu blogger.
Espero que goste.
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