19 de mar. de 2008

uhm?

A escada, na horizontal, começa a me ultrapassar com facilidade. Um, dois, três degraus até que surge o cidadão que a suporta no ombro. Eu tento acompanhar seu passo, para chegar mais depressa em casa, um pouco de competição ajuda no final do dia, mas ele parece apressado. Talvez o seu companheiro na outra ponta o esteja empurrando. Tenho experiência nesse jogo de levantar peso com companheiro. Eu e meu mano urso sempre carregamos coisas juntos e devo dizer que é muito difícil. Ele é alto, eu sou baixa (perto dele que é o filho preferido e por isso foi feito numa forma maior), ele é mais forte, mas desajeitado, eu sou mais fraca, mas cheia de jeito, eu tenho problemas com esquerdas e direitas, ele é desajeitado (sei que me repito, mas ele é!). Carregamos coisas juntos, a ultima foi uma TV 29” para meu quarto que me deixou com medo de despencarmos da escada, mas chegamos lá. Então... voltando à vaca fria, ou melhor, à escada, eu sei exatamente como um companheiro de carregar pode te impor um ritmo que não é o seu. O homem da frente, que passava por mim estava andando meio desequilibrado e eu abanei a cabeça já pensando em olhar feio para o homem de trás. Não se empurra o companheiro de levantar peso! Um, dois, três degraus. Nada do companheiro. Lá estou eu, apostando corrida com a escada, perdendo e esperando para olhar feio para o homem da traseira e ... mais um, dois, três degraus e nada. Quando resolvi olhar para trás a escada acabou e eu fiquei ali olhando para o fim da escada oscilando no espaço sozinha. A única coisa que pensei até chegar em casa foi como é triste não se ter um companheiro de levantar peso. Ah... eu perdi a corrida...

Um comentário:

Anônimo disse...

E quando a carga é pesada demais...não ter ninguém para ao menos aliviar esse peso é a pior parte.

Mas quando temos alguém para nos ajudar a carregar, até o mais pesado torna-se, de certa forma, mais tolerável. Até mesmo a façanha de se carregar uma TV 29" andares acima sem elevador! hehehehe!

abs!