17 de mar. de 2008

Para que perfeição?

Dé, é só um emprego.” E assim, magicamente, minha mãe tirou um peso de meus ombros, bem ela que nunca entende o que penso e porque, mas que na hora certa soube me trazer os pés para a terra. Afinal, é só um emprego. Meu mal é sempre me dar demais, nada eu faço pela metade ou com meio coração. Meu trabalho é uma extensão de mim mesma, do que eu sou e represento, mas não precisa ser assim, porque é sofrer desnecessariamente. Querer que meu trabalho reflita meu eu é absurdamente exasperante já que existem tantos fatores e pessoas envolvidos. Cada um que afeta meu trabalho pode ser uma peça que se encaixa no quebra cabeças ou uma peça duplicada que só me dará dor de cabeça. Nos últimos tempos as peças duplicadas tem se multiplicado de maneira irritante o que me tira do sério e eu de cabeça quente sou um problema para muitos. Hoje resolvi fazer o melhor, não o MEU melhor, mas o melhor que posso com as ferramentas que tenho. Pode não ser O melhor, mas pelo menos parece ser o que as pessoas esperam. Elas não querem que tudo seja perfeito, elas apenas desejam que se faça da maneira mais obvia e simples o que poderia ser feito com perfeição. Não desejam uma maquina bem azeitada e que com o tempo funcione perfeitamente, querem imediatamente um Gol 1.0 que precisa de esforço para subir a ladeira. Como diz minha mãe, é apenas um emprego, então é justo que eu dê o que esperam de mim e mais do que justo que isso me dê menos preocupações e mais tempo livre. Nem sempre as pessoas querem o melhor, na maior parte das vezes elas somente querem o obvio.

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