Rebecca: Hitchcock me fascina, sempre contando suas historias da maneira mais bela mesmo que entremeadas de sangue, sordidez e traição. Em preto e branco vemos a jovem de origem humilde e o rico aristrocrata dançarem a musica de sempre. Vemos o nobre cavalheiro salva-la de uma vida de humilhação com um casamento inesperado e vemos, por fim, a chegada da jovem esposa à mais bela mansão que possa existir. Mas há sempre Rebecca. Ou pelo menos sua sombra que ainda paira sobre tudo e todos. A primeira esposa, morta tragicamente, foi tudo que nossa jovem nunca vai ser. Magnificamente bela, sofisticada, encantadora. A cada vez que ouvimos o nome de Rebecca sabemos que será mais um prego cravado no coração da jovem. O senhor the Winter parece viver envolto em sombras e ficamos sempre a pensar (a não ser que tenha lido o livro 500 vezes como eu e visto o filme mais umas tantas) que ele também nunca esquecera aquela que vive na memória de tantos como o epítome da perfeição. Passeamos pelas nuances de cinza à procura da verdade, à procura de Rebecca e por fim a encontramos. Vemos o fim chegar com a sensação que não houve vitória, que segredos às vezes devem continuar a ser segredos e que o amor não deve ser questionado, mesmo quando não é devidamente demonstrado.
4400: Não sei em que canal este seriado passa, mas arrisquei pega-lo em DVD porque sinceramente cada dia os filmes estão piores e os seriados muito mais interessantes. 4400 conta a historia de 4400 desaparecidas em varias datas nos últimos 60 anos, mas que retornam ao mesmo tempo durante um fenômeno completamente alien. Nenhum deles tem qualquer lembrança do que lhes aconteceu durante os anos que estiveram desaparecidos, voltam com muito para absorver e muito para lamentar. São estranhos no mundo em que nasceram e quando começam a demonstrar que voltaram com “algo” mais, são vistos com mais desconfiança ainda. O Piloto é muito interessante e o primeiro episodio continua pelo mesmo caminho. Semana testo mais alguns episódios. Se não partirem para a embromação de Lost vai ser bem interessante.
Columbo: Para quem é da minha idade nem precisa de apresentação, para os jovens: peguem um Monk sem neuroses, ponham uma capa amassada nele, um sorriso sempre meio tímido, um carro caindo aos pedaços e uma mente quase sádica (teoria de meu irmão) e pronto.
Columbo, tenente da homicídios, é um dos seriados mais divertidos para mim. O episodio sempre começa com o assassinato. Sabemos quem é o assassino, porque o fez, como matou e como cobriu seus rastros. A próxima cena nos mostra a cena do crime já tomada pela policia e logo chega nosso querido Columbo, charuto barato na mão, olhos remelentos, roupa amassada e sempre faminto. Na primeira entrevista com o assassino ele instintivamente o reconhece e estão vemos uma corrida entre o gato e o rato, mas sabemos que Columbo nunca larga o osso antes de roelo. Mano Urso diz que Columbo é um sádico que persegue o assassino impiedosamente se fingindo de bobo e saindo e retornando sem aviso quando o outro começa a se sentir seguro. Ele tem razão. Adoravelmente e encantadoramente sádico é um dos detetives de meu coração.
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Um comentário:
Bom, primeiramente obrigado pela visita e pelos comentários no pobre Grooeland! Valeu!
Eu não sou muito adepto a filmes e tampouco a séries ( que saudades do arquivo X e a única que eu parava para assistir era CSI-Miami). Mas essa 4400 tem uma sinopse interessante...parece ser bom. Eu juro que nunca tive curiosidade em assistir o tal LOST, mas quando o fiz não aguentei mais que 15 minutos! hehehehe!
Mas eu já vi algumas coisas do Columbo! Era legal...ele e o Kojak! hehheheh!
abs!
PS: Bukowski poderia ser terno, sensível e amoroso com as mulheres e era assim que as conquistava, apesar do seu narigão de batata amassada e o rosto coberto de feridas de espinhas...mas isso ia até ele secar umas 3 garrafas de vinho barato! hehehehehe!
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