8 de fev. de 2007

O que você esconde?

Todos escondemos algo. Seja magoa, dor, medo, ódio, desprezo, amor ou simplesmente tédio. Evitamos confrontos com esses segredos, mas nosso corpo e mente pagam o preço. Em família deixamos de dizer verdades, não acusamos a traição cometida, não reclamamos do pouco amor ou do excesso de cobranças, esperamos sempre que tudo passe, que a vida apague, aos poucos, essas marcas que vão ficando em nossa carne como tatuagem (Elis não cantava algo assim?). Amamos e guerreamos diariamente sobre temas irritantes, mas sem solução (“a maldita tampa da privada”, “quantas horas para se arrumar?”, “toalha molhada e cama não combinam”, discutir a relação na hora do jogo?”) e nos esquecemos de detalhes diminutos e que parecem estúpidos, mas que são como a bolha assassina, aumentam de forma assustadora com o passar do tempo. Perdoamos, é claro, mas esquecemos? Todos escondemos algo e talvez nunca consigamos arrastar esse segredo pelas pernas e expô-lo à luz do sol, onde explodiria como os vampiros modernos. Eu admito que tenho alguns segredos e entre magoa, dor, medo desprezo, amor, arrependimento e tédio, eu às vezes me sinto como um membro de gangue chinesa, tatuada da cabeça aos pés. Será tarde demais para conseguir esquece-los? E você? O que você esconde? Onde fica sua tatuagem?

3 comentários:

Anônimo disse...

Eu tenho uma tatuagem um dedo abaixo do umbigo, rsrsr... Eu sei que você não estava sendo literal, mas, não me contive, pq aqui onde trabalho não podem saber que a tenho. Ma sobre essas marcas sentimentais, tenho várias! Consegui me livrar de muitas, apaguei várias, isso doeu muito, mas foi válido. A vida é curta demais, não há tempo para cultivar sentimentos negativos, devemos evitá-los, nos livrar deles o mais rápido possível. Essa é a minha luta. Abração apertado, Andréa!!! Até breve!

Ana disse...

O que eu escondo? Não sei... Por mais que procure, não consigo achar!

Bem, mas se pensar com calma, acho que o que eu escondo (embora demonstre) é o fato de estar aos poucos me transformando em Anna de Bryke, protagonista de meus livros. De várias maneiras, todas felizmente positivas. Já que eu não era como ela na juventude - como gostaria de ter sido - foi-me permitido rejuvenescer agora, mesmo que seja mais na alma do que no corpo. Pode entender?

Nos últimos tempos não pude visitar ninguém, e agora vou sair em viagem, mas volto em Março. Deixei algumas dicas de leitura na Estante. Espero que goste.

Beijos, bom Carnaval!!!


Ana

Anônimo disse...

Hum, será que são só segredos que trago tatuados pelo corpo? Todos nós trazemos um livro escrito em nossos corpos, em nossos atos, em nossos pensamentos, no fim, em nós... Um história que só nós sabemos identificar...