Sinto-me hoje como se tivesse sido mastigada e cuspida um milhão de vezes. A semana se arrastou em surpresas e preocupações e percebi como a maldita adrenalina nos sustenta nas horas difíceis. Agüentei firme. Até ontem. O fim do dia se esvaiu junto com os restos dessa maldita adrenalina e eu afundei como um pato que comeu cimento pensando ser açucar. A sensação não é de todo ruim para o espírito. O corpo, essa maquina delicada e potente, não concorda com isso. Cada músculo está gritando revoltado e minha cabeça se recusa a pensar com coerência por mais de alguns minutos. Mastigada e cuspida. Espero que depois de semanas de tensão, entre pressentimentos, agouros e ações, agora eu possa voltar à minha rotina ou pelo menos que possa criar uma nova rotina, já que a velha se rasgou e se atirou ao lixo. Não desisti do blog, ainda não, espero que nunca o faça, mas precisei deste descanso, desse intervalo para poder me entregar completamente à neurose, ao medo e ao pânico. Peço perdão aos amigos que permaneceram fieis mesmo quando eu os abandonei sem desculpas. Estou trabalhando, agora mesmo, em um novo conto para o blog e espero assim me retratar. Será um conto longo, em vários capítulos, como costumava postar e espero que possa cativa-los novamente. Mastigada e cuspida eu me despeço. A semana trará o conto e algumas dicas sobre livros e musica que andei estocando para dividir com os amigos.Abraços. Beijos. Até breve.




