26 de jan. de 2007
Comfort Memories / Comfort Food
Não são somente as pessoas e situações que nos marcam. Cores, cheiros, impressões e a comida que ingerimos são também fatores marcantes. Não consigo pensar em Curitiba sem lembrar do sansichão rosado, que por mais que tente não consigo encontrar igual por aqui. Ou da gasosa vermelha, tão docinha e gelada descendo minha garganta depois de tanto brincar. Ou a cerveja caseira da tia de Vó Joana, meu primeiro porre com 11 anos e a única cerveja que apreciei nos meus longos anos. Em Monteiro Lobato cada lembrança vem pontuada dos bolinhos das festas juninas e do quentão ao redor da fogueira, sem contar os bolinhos de chuva da Ditinha em casa visita à fazenda. Ou andando pela fazenda de Lucia, com o canivete pregado ao cinto, lembro de sentar na escada que vai ao pomar e de descascar a laranja com gosto de sol e cheiro de paraíso. E também,o queijo branco recém feito, macio como pele de bebê, aninhado em colheradas de doce de leite caseiro. Mas lembro da minha casa também, a banda em seu começo, o som das vozes animadas e de Rolling Stones ou The Who repetidos incansavelmente. As piadas pontuadas pelas bandejas de pasteis que minha mão fritava como se fossemos um batalhão. Ou mais no passado ainda, as voltas de viagem, a chegada em um casa aos gritos animados e a certeza que Vó Joanna estaria nos esperando com a mesa posta e coxinhas, empadinhas, quibes e docinhos pontuariam o final de semana perfeito. Talvez eu pudesse também falar dos perfumes, mas, sinceramente, me deu fome.
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