10 de out. de 2008
Caixinha de enxaqueca
Vivemos numa era de extremismos onde todos pregam o comedimento. Parece-me sempre que estou assistindo a um filme japonês com péssima dublagem onde as bocas falam muito mais do que o som que delas parece sair. Ouço as idéias mais idiotas ofertadas como prêmios Nobel e fico pensando se houve qualquer outra era em nossa historia onde tantos ignorantes dominaram o mundo. Não falo somente de nossos políticos, que ao redor do globo parecem competir pelo premio de maior charlatão do mundo, mas também das ditas celebridades, atores, cantores, escritores, diretores, e outros ores que ditam as tendências para o mundo. E que tendências.... Somos tratados como tolos, e a maioria da população o é, mas não existem mais aqueles poucos nichos criados especialmente para aqueles que gostam de usar a caixinha cinzenta que está presa dentro da cabeça e que em muitos serve somente para medir o tamanho da dor de cabeça. Tudo nos é apresentando como se fossemos lerdos demais e a maioria se torna lerda, esperando que digam o que deve ser feito, como e quando. Do meio dos pobres seres que somente usam a cabeça para as enxaquecas e daqueles que tentam nadar contra a corrente emburrecedora tentando aumentar a cada dia sua capacidade cerebral, surgem estes cartoons cujas bocas pronunciam em japonês o que as vozes dizem em norueguês. Ninguém entende, mas é melhor segui-los. Ou não? Não sei o que leva o mundo a andar para o lado que anda, não entendo e talvez nem queira. Acho que prefiro criar na tela branca do meu laptop o que gostaria de ver quando ando pela rua. Gente pensante desapegada de modismos, que questiona o que vê e ouve e que sorri com mais sinceridade, pois sabe de onde vem a graça. Gente com senso de humor e maior ainda senso de justiça. Gente honesta e cheia de brios que não tem medo de expor suas idéias mesmo quando elas vão contra a maré. Gente que eu gostaria de conhecer.
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