Pela porta entreaberta somente uma réstia de luz entrava. Mas não. Algo mais se insinuava por entre as sombras como brisa. O som da melodia a despertou de um sono monótono onde por cobertas tinha suas preocupações e sonhos despedaçados. Não se levantou e nem mesmo abriu os olhos. Deixou que a musica entrasse por seus poros e inundasse seus sentidos. O piano e o violino duelavam com maestria num combate sem sangue nem dor e ela deixou as lagrimas fluírem, deixou que soluços cortassem sua garganta num pranto sem motivo, a não ser o de que sua vida era por vezes dolorosa, por vezes absurdamente cheia de encruzilhadas. A musica não tinha fim e talvez nunca tenha tido um começo. Sua impressão era que o céu se abrira e despejara notas mágicas para curar almas sofridas como a sua. Nesta noite não era preciso se ter olhos, somente ouvidos atentos para as maravilhas que o silencio podia trazer. E ela ouvia. E chorava. As lagrimas se acabaram docemente, lavando os restos de magoas que pensava esquecidas. O sono chegou para um coração mais leve e quando o primeiro raio de sol rasgou o céu ela dormia com um sorriso no rosto e músculos relaxados. A musica desapareceu entre os dedos da noite sem ninguém notar, mas os corações doloridos acordaram esperançosos no novo dia que nasceu.
12 de out. de 2007
Pela porta entreaberta somente uma réstia de luz entrava. Mas não. Algo mais se insinuava por entre as sombras como brisa. O som da melodia a despertou de um sono monótono onde por cobertas tinha suas preocupações e sonhos despedaçados. Não se levantou e nem mesmo abriu os olhos. Deixou que a musica entrasse por seus poros e inundasse seus sentidos. O piano e o violino duelavam com maestria num combate sem sangue nem dor e ela deixou as lagrimas fluírem, deixou que soluços cortassem sua garganta num pranto sem motivo, a não ser o de que sua vida era por vezes dolorosa, por vezes absurdamente cheia de encruzilhadas. A musica não tinha fim e talvez nunca tenha tido um começo. Sua impressão era que o céu se abrira e despejara notas mágicas para curar almas sofridas como a sua. Nesta noite não era preciso se ter olhos, somente ouvidos atentos para as maravilhas que o silencio podia trazer. E ela ouvia. E chorava. As lagrimas se acabaram docemente, lavando os restos de magoas que pensava esquecidas. O sono chegou para um coração mais leve e quando o primeiro raio de sol rasgou o céu ela dormia com um sorriso no rosto e músculos relaxados. A musica desapareceu entre os dedos da noite sem ninguém notar, mas os corações doloridos acordaram esperançosos no novo dia que nasceu.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
Todo dia é sempre um recomeçar. Gostei muito da associação com a música. Dá para imaginar uma trilha-sonora bem tortuosa, mas ao final... um toque de esperança.
Cuca, eu resolvi reativar meu blog. Tentarei não deixar mais tantos hiatos.
Beijos!
Postar um comentário